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segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

O que procura o mercado de trabalho

José Pastore
Já foi o tempo em que as empresas contratavam com base em diploma e recomendações. Nos dias atuais, as exigências vão muito além disso. As empresas querem capacidade de resposta, buscam bom-senso, lógica de raciocínio, boa comunicação, habilidade para trabalhar em grupo, domínio de línguas e outros requisitos. É por isso que sobram vagas e candidatos.

As empresas sabem que profissionais prontos e acabados para resolver problemas específicos não existem. Por isso, ao contratar, elas buscam pessoas que sejam capazes de apreender rapidamente o que precisam saber. Isso é essencial porque as tecnologias e os processos produtivos mudam muito depressa e exigem boa capacidade para acompanhar as mudanças. Nos dias atuais, já não basta ser adestrado. É preciso ser educado e bem-educado.

A educação só faz diferença no salário e na carreira do profissional quando é de boa qualidade. Isso explica por que muitos formados em cursos superiores ganham menos do que bons técnicos formados nas escolas técnicas de alta reputação. No Seminário sobre Educação e Formação de Mão de Obra para o Crescimento, realizado pelo jornal O Estado de S. Paulo, os dados ali aportados foram eloquentes.

Os técnicos projetistas e os técnicos em automação industriais, assim como os técnicos em energias renováveis, têm salário inicial por volta de R$ 3,5 mil por mês — bem acima do de muitas profissões de nível superior. Com 10 anos de experiência, ganham R$ 6 mil mensais e até mais. Pessoas com esse perfil são mais difíceis de ser encontradas do que os formados pelas universidades. Ainda hoje, a situação está desequilibrada. O país tem cerca de 6,5 milhões de estudantes nas universidades (15% do total) — o que ainda é pouco — e apenas 1,3 milhão nas escolas profissionais (7% do total) — o que é irrisório. Os países avançados possuem mais de 40% dos jovens matriculados nessas escolas. No Japão, são 55%; na Alemanha, 53%.

Os estudos do Senai indicam que, só para o setor industrial, serão necessários cerca de 1,1 milhão de profissionais qualificados novos até 2015, sem falar na necessidade de atualizar e reciclar os milhões já empregados. Mas o sistema brasileiro de formação profissional é acanhado. Isso tem efeitos perversos para as pessoas e para a economia.

Do lado das pessoas, muitas perdem oportunidade de melhores salários diante de vagas que não são preenchidas por falta de qualificação. Do lado da economia, a produtividade do trabalho se mantém baixa e inferior ao aumento do custo do trabalho, o que compromete a competitividade e os próprios investimentos futuros. Nenhuma economia se sustenta com produtividade baixa e custos crescentes.

Felizmente, há luzes no fundo do túnel. O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) está bem estruturado e promete ampliar substancialmente as matrículas nas escolas profissionais de nível médio. O Programa Ciência sem Fronteiras, com a oferta de mais de 100 mil bolsas de estudo, é fundamental para melhorar a qualidade das escolas superiores nas áreas tecnológicas e, com isso, sustentar a expansão das escolas de nível médio. As iniciativas das empresas por meio de cursos intensivos de qualificação técnica e de universidades corporativas trazem uma chama de esperança de dias melhores.

É animadora também a expansão do Sistema S. A propósito, estive na última semana na Olimpíada do Conhecimento, promovida pelo Senai em São Paulo, quando pude ver o vigor e o sucesso do ensino de boa qualidade. Os participantes do certame mostraram enorme capacidade de combinar a teoria com a prática no exercício das profissões técnicas que abraçaram. Dali eles seguem para Leipzig, onde disputarão as Olimpíadas Mundiais. Em 2011, os brasileiros se colocaram em segundo lugar, prova que as coisas benfeitas dão certo — mesmo no Brasil.

Disponível em http://www.anefac.com.br/Pages/ReaderPage.aspx?id=6603. Acesso em 17 dez 2012.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Contratação por CLT ou PJ. Qual é a melhor?

Thiago Melo
Hoje no nosso mercado existem dois tipos de contratações: por CLT (Consolidação das Leis de Trabalho) ou por PJ (Pessoa Jurídica). A maioria das empresas de grande porte prefere contratar seus empregados pela CLT, mas é muito grande o número de empresas de TI que preferiram abolir a arcaica CLT e adotar a contratação por PJ.

Qual das duas opções é melhor para o contratado?
É uma pergunta difícil de responder pois ambas possuem vantagens e desvantagens. Eu já trabalhei com as duas formas de contratação e explicarei para vocês como é que funciona cada uma delas. A partir das explicações vocês poderão tirar suas próprias conclusões.

CLT (Consolidação das Leis do Trabalho)

Benefícios: a contratação por CLT garante uma série de benefícios para o empregado, como vale-transporte, vale-refeição, férias remuneradas de 30 dias, 13º salário, aviso prévio, FGTS, seguro desemprego, licença saúde (opcional), licença maternidade, licença paternidade, 15 dias de salário em caso de acidentes, entre outros benefícios.

Custo para as empresas: o custo de contratação é excessivamente alto, podendo chegar a até 230% a mais do que o valor do seu salário, isso sem contar os custos com a burocracia;

Contribuições do empregado: o empregado é obrigado a pagar 6% do seu salário para receber o vale-transporte e também deve pagar alguns impostos como INSS e Imposto de Renda;

Salário: o salário do empregado contratado por CLT é sempre mais baixo do que o PJ, pois a empresa gasta bastante dinheiro com impostos e benefícios;

Jornada de trabalho: o empregado deve trabalhar 8h48min por dia (5 dias por semana), ou 8hs durante a semana e 4hs no sábado.

PJ (Pessoa Jurídica)

Benefícios: a contratação por PJ não garante benefícios ao empregado já que não há um vínculo com a empregadora. Algumas empresas pagam 13º salário e férias remuneradas, mas gastos com transporte e alimentação ficam por conta do empregado;

Custo para as empresas: a empresa geralmente fica somente com o custo da nota fiscal.

Contribuições do empregado: os custos dos impostos sobre a nota ficam para o empregado. O valor a ser pago de imposto é de 13,33% por nota fiscal emitida: IRRF (4,80%), COFINS (3%), PIS (0,65%), CSLL (2,88%), ISS (depende da cidade – na cidade de São Paulo o valor é de 2%) mais o custo do contador (entre R$ 100,00 e R$ 415,00 por mês);

Salário: o salário do empregado contratado por PJ é em torno de 20% a 100% maior do que o da CLT, já que as empresas repassam o que economizaram com encargos para o funcionário;

Jornada de trabalho: como o empregado contratado por PJ ganha por hora, o horário de trabalho é bastante flexível. Se você trabalhar muito, ganhará muito. Se trabalhar pouco, ganhará pouco.

Como você pode ver, existem vantagens e desvantagens em ambos os tipos de contratação. O importante é analisar direitinho qual é a opção mais adequada para você antes de aceitar uma proposta de emprego. Faça as contas e veja o que vale mais a pena.

É muito importante que o profissional contratado por PJ faça um plano de previdência privada e pague um plano médico particular, pois como ele não contribui com o INSS não terá o direito de se aposentar.

É importante ressaltar também que sou apenas um profissional especializado em internet. Para maiores informações procure um contador.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

A entrevista de emprego começa nas mídias sociais

Martha Gabriel
Com a disseminação das redes sociais, cada vez mais as pessoas compartilham suas informações em ambientes online. As empresas, por sua vez, têm adotado como prática cada vez mais frequente a consulta aos perfis dos candidatos como parte do processo seletivo de contratação; e a entrevista de emprego começa nas mídias sociais.


Portanto, os profissionais devem cada vez mais prestar atenção às informações que postam online, fazendo com que a sua atuação não seja um obstáculo profissional, mas sim um recurso estratégico para suas carreiras.


Os principais problemas do uso de redes sociais estão associados à divulgação de informações ou manifestação de opiniões: exposição da privacidade, comprometimento da imagem profissional e declarações sujeitas a processos legais. Assim, deve-se ter no comportamento online os mesmos cuidados e ética que se tem no comportamento offline, adotando a premissa: não faça ou fale nas mídias sociais o que não faria ou falaria na rua.


As principais plataformas sociais monitoradas pelas empresas em busca de candidatos são o LinkedIn e o Facebook. No entanto, as empresas estendem a sua pesquisa para o ambiente digital como um todo. 


Faça um teste: digite seu nome no Google ou seu e-mail no spokeo.com e veja o resultado; os seus rastros digitais são transformados em um dossiê que revela muito sobre você. 


Da mesma forma que existem riscos, existe também inúmeras oportunidades na divulgação de informações nas mídias sociais. Por exemplo, se você é especialista em uma área específica, poderá usar os seus perfis em mídias sociais para se tornar referência nessa área por meio da divulgação de informações e dicas. As possibilidades de alcançar um número grande de pessoas interessadas no assunto são muito maiores do que offline. 


Manter um perfil atualizado e bem construído no LinkedIn, publicar vídeos e apresentações no Youtube e Slideshare também pode ser bastante útil.  Empresas procuram colaboradores e parceiros no LinkedIn e o seu conteúdo online nas demais redes pode reforçar a sua expertise.


Portanto, as mídias sociais podem se tornar aliadas ou inimigas da sua carreira profissional. O modo como você lida com elas é que fará toda a diferença.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Aprenda em 10 passos como contratar um bom vendedor


Debora Carrari
A contratação de vendedores que correspondam às expectativas de venda é um dos maiores desafios de micro e pequenos empresários. Para solucionar o problema da contratação de profissionais capacitados, a equipe do portal Lideraonline sugere os 10 passos a seguir. Trata-se de uma estratégia para o desenvolvimento de uma equipe de vendas que pode ajudar no sucesso desse importante processo de seleção e facilitar a vida de muitos empreendedores.

1. Identifique o perfil do vendedor ideal para sua empresa – Analise as características do melhor vendedor com quem você já trabalhou, tentando identificar porque era o melhor. Assim, você saberá exatamente o que procura. Faça o mesmo com o pior vendedor com quem você já se deparou, para ter em mente o que evitar.

2. Aja sem preconceitos – Liberte-se dos preconceitos de raça, cor, religião e, principalmente idade. Muitos dos melhores vendedores no mercado são exatamente aqueles com muito mais anos de experiência.  

3. Divulgue sua busca – Anuncie a vaga constantemente. Quanto mais gente souber que você está contratando, mais chances terá de econtrar a pessoa certa.
a. Sites de recolocação (inclusive os gratuitos)
b. Agências de emprego e recolocação
c. Campanhas de indicação
d. Mercado informal
e. Concorrência
f. Universidades e escolas
g. Antiga placa “precisa-se de vendedores” na porta da empresa
h. Bolsões de empregos sociais
i. Anúncios de jornal

4. Invista em publicidade – Para os anúncios em classificados, invista em qualidade. Pode custar mais, mas o número de candidatos será muito maior. Os melhores vendedores não costumam responder a anúncios pequenos.

5. Selecione os currículos – Para ganhar tempo e fazer a melhor triagem possível, siga as seguintes etapas:
1. Uma leitura detalhada eliminando os “paraquedistas”, como pessoas que moram em outras cidades.
2. Uma ligação telefônica, seguida de um rápido bate-papo, para ter uma idéia do nível do candidato;
3. Aplicação de um teste psicológico simples para obter mais detalhes sobre a personalidade do interessado.

6. Entreviste coletivamente – Uma boa estratégia é organizar em uma sala cerca de 10 vendedores e, após apresentar a empresa, o trabalho e as condições de ganhos, fazer perguntas abertas para conhecer um pouco os candidatos e eliminar os que estão claramente fora do perfil que você procura.

7. Entreviste individualmente – Converse francamente e em um ambiente informal com o candidato para descobrir quais suas pretensões e qualidades.

8. Últimas precauções – Alguns candidatos são especialistas em se sair bem nas entrevistas de emprego. Por isso, antes de contratar busque referências em empregos anteriores e pergunte por que ele saiu da empresa. Verifique os diplomas e certificados, e
solicite comprovação de ganhos anteriores.

9. Explique os não-negociáveis – Esclareça aquilo que é o mais importante para a empresa, do qual ela não abre mão em nenhuma hipótese. Coloque em uma folha de papel aquilo de que você faz questão, como: pontualidade, honestidade, disponibilidade, etc. Pergunte se o candidato concorda com esses valores e peça que ele assine uma via.

10. Procure só os melhores – Maria Silvia Bastos, ex-presidente da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), disse: “Eu contrato pessoas melhores do que eu naquilo que elas fazem. Assim, posso ficar de fora gerenciando as pessoas e não as tarefas.” Outra dica importante é pagar bem – os melhores vendedores não são baratos, mas se forem bons mesmo, acabam se pagando.